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A retomada da construção naval no Navio-Patrulha “Mangaratiba”, previs-
Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro to para 2024. Características dos
(AMRJ), nos dois últimos anos, reforça o Desde 2017, a Marinha investe na Navios-Patrulha
investimento no desenvolvimento de no- construção desses dois navios do tipo “Maracanã” e
vos navios e a busca por tecnologia para patrulha da Classe “Macaé”. Esses
a elaboração de sistemas, maquinários meios serão empregados em ações de “Mangaratiba"
e equipamentos que compõem as em- apoio à patrulha naval e na fiscalização
barcações. Dessa forma, será possível do mar territorial, da Zona Contígua e
voltar a ocupar o lugar de único estalei- da Zona Econômica Exclusiva perten- Comprimento total de 58,9 m
ro militar do Brasil com capacidade de centes ao Brasil. O NPa “Maracanã”
construir navios acima de 2 mil tonela- está na terceira fase da construção, Calado máximo de 2,5 m
das. A concretização dessa nova fase recebendo os últimos reparos estrutu- 9 metros de boca (largura máxima)
ocorrerá com a entrega do Navio-Pa- rais, fixação dos motores de propulsão
trulha (NPa) “Maracanã”, que já possui e de combustão auxiliar, instalação de Deslocamento leve 500 toneladas
70% das suas obras concluídas, e do equipamentos e sistemas de propul- (aproximadamente)
são. Já o NPa “Mangaratiba” encon- Armamento metralhadoras .50
tra-se em fase de construção do bloco
de popa. A prontificação estrutural foi Radar de busca de superfície
concluída em maio e a edificação no
casco está prevista para novembro
deste ano.
Durante toda a sua história, o
AMRJ já construiu fragatas, corve-
tas, navios de assistência hospitalar,
navio-escola, módulos para platafor-
ma, navios-patrulha, lanchas-patrulha,
chata para transporte de óleo combus- tura necessárias para o atendimento das
tível, chata de carga para a Estação demandas. Ao assumir a construção dos
Antártica Comandante Ferraz, embar- Navios-Patrulha “Maracanã” e “Manga-
cações de desembarque de viaturas e ratiba”, o Arsenal de Marinha reafirma a
materiais e submarinos. retomada da construção naval em suas
Ao longo desses 258 anos de histó- instalações”, garante.
ria, muitos navios foram construídos e Hoje, o Arsenal possui uma área
manutenidos nos diques da zona por- de 251.087 metros quadrados e con-
tuária carioca, o que permitiu a troca de ta com três diques para recepção de
conhecimento entre profissionais milita- navios e submarinos, bem como ofi-
res e civis, promovendo adaptações às cinas de soldagem e montagem das
novas necessidades técnicas, operacio- estruturas das embarcações. O AMRJ
nais, de navegação, tudo para acompa- tem investido na modernização de
nhar o crescimento do poder marítimo e equipamentos voltados à fabricação
manter a salvaguarda e a soberania no de peças. A aquisição de máquinas
Brasil. Dentro desse contexto, o Diretor de corte automatizado de chapas de
do Arsenal, Contra-Almirante (EN) José aço permite celeridade e eficiência no
Luiz Rangel da Silva, reforça a impor- processo. Existem também máquinas
tância de manter os militares e os servi- de usinagem operadas por Controle
dores civis qualificados para essa nova Numérico Computadorizado, que reali-
fase. “Nesses mais de dois séculos e zam a usinagem automática de peças.
meio de história, o Arsenal absorveu as Com a retomada da construção
mais diversas tecnologias empregadas naval, o Arsenal revitalizou o Setor de
na construção de inúmeros meios navais controle da qualidade, modernizan-
e, hoje, vem aprimorando sua capacita- do os laboratórios de análise, inspe-
ção, a gestão de mão de obra terceiriza- ções e testes. Além disso, os novos
da e a realização de obras de infraestru- laboratórios permitem a realização
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