Page 21 - Nomar 946
P. 21

A retomada da construção naval no   Navio-Patrulha  “Mangaratiba”,  previs-
            Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro   to para 2024.                          Características dos
            (AMRJ), nos dois últimos anos, reforça o   Desde 2017, a Marinha investe na    Navios-Patrulha
            investimento no desenvolvimento de no-  construção desses dois navios do tipo    “Maracanã” e
            vos navios e a busca por tecnologia para   patrulha  da  Classe  “Macaé”.  Esses
            a elaboração de sistemas, maquinários   meios serão empregados em ações de       “Mangaratiba"
            e  equipamentos  que  compõem  as em-  apoio à patrulha naval e na fiscalização
            barcações.  Dessa forma,  será possível   do mar territorial, da Zona Contígua e
            voltar a ocupar o lugar de único estalei-  da Zona Econômica Exclusiva perten-  Comprimento total de 58,9 m
            ro militar do Brasil com capacidade de   centes  ao  Brasil.  O  NPa  “Maracanã”
            construir navios acima de 2 mil tonela-  está na terceira fase da construção,   Calado máximo de 2,5 m
            das. A concretização dessa nova fase   recebendo os últimos reparos estrutu-  9 metros de boca (largura máxima)
            ocorrerá com a  entrega  do Navio-Pa-  rais, fixação dos motores de propulsão
            trulha (NPa) “Maracanã”, que já possui   e de combustão auxiliar, instalação de   Deslocamento  leve  500 toneladas
            70% das suas obras concluídas, e do   equipamentos e sistemas de propul-  (aproximadamente)
                                              são.  Já  o  NPa    “Mangaratiba”  encon-  Armamento metralhadoras .50
                                              tra-se em fase de construção do bloco
                                              de popa. A prontificação estrutural foi   Radar de busca de superfície
                                              concluída  em  maio  e  a  edificação  no
                                              casco está prevista para novembro
                                              deste ano.
                                                 Durante toda a sua história, o
                                              AMRJ já construiu fragatas, corve-
                                              tas, navios de assistência hospitalar,
                                              navio-escola,  módulos  para  platafor-
                                              ma, navios-patrulha, lanchas-patrulha,
                                              chata para transporte de óleo combus-  tura necessárias para o atendimento das
                                              tível, chata de carga para a Estação   demandas. Ao assumir a construção dos
                                              Antártica Comandante Ferraz, embar-  Navios-Patrulha  “Maracanã” e “Manga-
                                              cações de desembarque de viaturas e   ratiba”, o Arsenal de Marinha reafirma a
                                              materiais e submarinos.           retomada da construção naval em suas
                                                 Ao longo desses 258 anos de histó-  instalações”, garante.
                                              ria, muitos navios foram construídos e   Hoje, o Arsenal possui uma área
                                              manutenidos  nos diques  da zona  por-  de 251.087 metros quadrados e con-
                                              tuária carioca, o que permitiu a troca de   ta com três diques para recepção de
                                              conhecimento entre profissionais milita-  navios e submarinos, bem como ofi-
                                              res e civis, promovendo adaptações às   cinas de soldagem e montagem das
                                              novas necessidades técnicas, operacio-  estruturas das embarcações. O AMRJ
                                              nais, de navegação, tudo para acompa-  tem  investido  na  modernização  de
                                              nhar o crescimento do poder marítimo e   equipamentos voltados à fabricação
                                              manter a salvaguarda e a soberania no   de peças. A aquisição de máquinas
                                              Brasil. Dentro desse contexto, o Diretor   de  corte  automatizado  de  chapas  de
                                              do Arsenal, Contra-Almirante (EN) José   aço permite celeridade e eficiência no
                                              Luiz  Rangel da Silva, reforça a impor-  processo.  Existem  também  máquinas
                                              tância de manter os militares e os servi-  de usinagem operadas por Controle
                                              dores civis qualificados para essa nova   Numérico Computadorizado, que reali-
                                              fase. “Nesses mais de dois  séculos  e   zam a usinagem automática de peças.
                                              meio de história, o Arsenal absorveu as   Com a retomada da construção
                                              mais  diversas tecnologias  empregadas   naval, o Arsenal revitalizou o Setor de
                                              na construção de inúmeros meios navais   controle da qualidade, modernizan-
                                              e, hoje, vem aprimorando sua capacita-  do os laboratórios de análise, inspe-
                                              ção, a gestão de mão de obra terceiriza-  ções  e  testes.  Além  disso,  os  novos
                                              da e a realização de obras de infraestru-  laboratórios permitem a realização




            CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA MARINHA                                                           21 21
   16   17   18   19   20   21   22   23   24   25   26