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Prevenção e tratamento do Refluxo (DRGE)

  • Publicado em 28/05/2018 - 19:52
  • Atualizado em 10/07/2018 - 10:54
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Acordar à noite com a sensação horrível de queimação, como se o esôfago estivesse pegando fogo, pode ser sintoma da doença do refluxo gastroesofágico (DRGE). Popularmente conhecida como refluxo ou azia, caracteriza-se pelo retorno do conteúdo gástrico para o esôfago, que não está preparado para receber substâncias ácidas e irritantes.

Refluxo é um dos distúrbios mais comuns do trato gastrointestinal. No lactente (criança que ainda mama), é fisiológico, desaparecendo até os quatro anos de idade. Nos adultos, o que caracteriza a doença em si, é um refluxo insistente, que gera um incômodo ou sintoma crônico.

Os sintomas incluem desde os casos clássicos de queimação no trajeto do esôfago e gosto ácido na boca, até crises de asma noturna, tosse e rouquidão. Para aliviá-los, recomendam-se algumas mudanças no estilo de vida, tais como:

  • perder peso;
  • elevar a cabeceira da cama;
  • não comer exageradamente nem tomar muito líquido;
  • evitar dietas gordurosas; e
  • deitar-se três horas depois de uma refeição.

É importante, também, não ingerir bebidas alcoólicas e não fumar. Reduzir a acidez do suco gástrico (evitando cafeína, pimenta, vinagre e alho, alimentos em conserva, como picles e pepino, refrigerantes e frituras) também é uma forma de minimizar os refluxos.

Procure uma Unidade de Saúde assim que surgirem os primeiros sintomas, que podem ser um alerta de outras doenças. A dor provocada pela azia, por exemplo, pode confundir-se com a dor da angina (causada pelo estreitamento das artérias que conduzem sangue ao coração), no entanto, não está relacionada a esforços físicos e normalmente piora quando a pessoa se deita.

Se os sintomas vierem acompanhados de dor no peito com irradiação para o braço ou mandíbula, tontura e falta de ar, procure assistência médica. É importante uma avaliação, pois o diagnóstico e o tratamento são clínicos, tendo como base apenas os sinais descritos pelo paciente. As medicações, quando prescritas, podem resolver o problema. Nessa situação, o tratamento deverá ser mantido de forma contínua. Nunca se automedique e não interrompa o uso do medicamento por conta própria.

Para os casos que não respondem aos medicamentos ou que apresentem complicações, a endoscopia digestiva alta e a pHmetria são exames importantes para estabelecer o diagnóstico definitivo.

Eller Daniel Busatto Heringer Werner
Primeiro-Tenente(Md)
Conselho Editorial do Saúde Naval






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