Enviado em: 02/02/2021
Em 5 de fevereiro, é comemorado o Dia Nacional da Mamografia. Instituída em 2009, a data conscientiza e alerta a população sobre a importância do exame para detecção precoce do câncer de mama, uma das principais causas de morte entre as mulheres no Brasil.
Conforme dados de 2018, o câncer de mama é o segundo tipo de câncer que mais ocorre no mundo. Entre as mulheres, está em primeiro lugar, correspondendo a um total de 29%. O tratamento eficaz é diretamente proporcional à precocidade com que se diagnostica, por isso, a mamografia, principal exame que detecta a doença em estágio inicial, é essencial.
O câncer de mama é uma doença que pode ocorrer por diversos motivos e, com exceção de fatores comportamentais como sobrepeso, ingestão de bebidas alcoólicas e exposição à radiação ionizante, os demais aspectos que aumentam a chance de desenvolver um tumor mamário não são modificáveis.
Em razão disso, os especialistas utilizam a chamada estratégia de prevenção secundária, que consiste em pesquisar o câncer quando ainda não há sinais e sintomas, para isto, é utilizado o exame de mamografia, que consiste em uma radiografia do tecido mamário feita por um equipamento de raio-X denominado mamógrafo.
A mamografia permite o diagnóstico precoce do câncer de mama, possibilitando que a mulher saiba que é portadora da doença antes mesmo de apresentar qualquer sintoma e faça o tratamento antes que o tumor cresça e se “espalhe”. Diversos estudos mostram que o rastreamento mamográfico reduz de forma importante a mortalidade por câncer de mama, bem como diminui a agressividade do tratamento.
O Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR), a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) recomendam que o exame seja feito anualmente em todas as mulheres a partir dos 40 anos, e mais precocemente em mulheres com alto risco genético ou histórico familiar de parentes de primeiro grau (pais, irmãos) com câncer de mama.
No rastreamento das mamas, além da mamografia, a ultrassonografia e a ressonância magnética também são exames que ajudam na investigação, porém não são recomendados como rastreio, portanto não substituem a mamografia e sim a complementam, caso necessário. Por isso, ambos têm indicações específicas e devem ser usados com propriedade, indicados pelo especialista.
Importante também incentivar as mulheres a conhecer o próprio corpo e reconhecer alterações suspeitas, sem esquecer da importância de terem suas consultas ginecológicas em dia. O câncer de mama permanece como uma doença desafiadora e o melhor método para detecção precoce, hoje, é o exame de mamografia. Por isso, além da realização do exame anualmente, é importante o retorno ao médico ginecologista ou ao mastologista para avaliação e melhor conduta a ser tomada em cada caso. Cuide da sua saúde. Cuide de você.
Mastologista
Hospital Naval de Brasília
1T (Md) Emilyn Monção
Radiologista
Policlínica Naval Nossa Senhora da Glória
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