Enviado em: 20/07/2022

Quem nunca falou sozinho ou passou por alguém na rua que estava gesticulando e falando sem ninguém por perto? Nada disso é sinônimo de desajuste psicológico e nem deve ser encarado com preconceito. Na verdade, é uma prática que até pode ajudar e ser uma boa estratégia de saúde mental para o dia a dia.
A 2º Ten (RM2-T) Karina Abrahim, psicóloga da Unidade Integrada de Saúde Mental (UISM), explica. “Falar sozinho é um hábito que praticamente todos têm e que pode fazer muito bem em diversas situações. Uma delas é a organização do pensamento - falar sozinho, ouvindo a construção das ideias, pode ajudar em uma tomada de decisão, por exemplo”.
Saiba que isso tem nome. Os psicólogos chamam de “conversa interna externa”, diferente da conversa interna regular, também conhecida como monólogo ou diálogo interno. Mas como essa prática, vista como normal dentro de certos limites, poderia ajudar?
A psicóloga da Marinha afirma que o hábito de falar sozinho pode facilitar a retenção de informações, já que usa a gravação da mensagem de forma auditiva. “Muitas pessoas têm o hábito de verificar mais de uma vez se fecharam ou não a porta. Se ao fecharem, falarem "fechei a porta", a dúvida diminui uma vez que a memória auditiva também entra em ação”, garante a profissional.
Para a preparação para reuniões, a prática também pode auxiliar. Em uma apresentação, ou palestra, treinar as palavras, a forma que o conteúdo será transmitido e até mesmo o tom a ser usado podem ajudar, e muito, dando mais segurança ao palestrante. “Falar sozinho pode ser muito eficaz e vantajoso, sendo um ótimo exercício de autorreforço”, finaliza a psicóloga.
Apoio de conteúdo:
2º Ten (RM2-T) Karina Abrahim
Psicóloga da Unidade Integrada de Saúde Mental