Vivemos numa sociedade envelhecida, em que o número de idosos aumenta em relação aos jovens. Por isto, as organizações de saúde procuram encontrar respostas que desafiem os cenários mais pessimistas, pois viver mais tempo não é necessariamente continuar a viver com qualidade e inseridos na sua comunidade.
Diante deste desafio, a Organização Mundial da Saúde (OMS), no âmbito da II Assembléia Mundial sobre Envelhecimento, promovida pelas Nações Unidas, lançou o conceito de Envelhecimento Ativo como o pilar para a sustentabilidade da problemática que o aumento dos idosos trouxe à sociedade. O conceito é definido como “o processo de otimização das oportunidades de saúde, participação e segurança, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida à medida que as pessoas ficam mais velhas.”
Para alcançar esta qualidade de vida, é importante que os idosos se mantenham ativos, participantes e integrados na sociedade onde vivem. Mas “ativo” não se refere apenas à capacidade de estar fisicamente ativo ou de fazer parte da força de trabalho, refere-se sim ao envolvimento contínuo dos idosos nas questões sociais, econômicas, espirituais, culturais e cívicas.
O Envelhecimento Ativo é a chave para promover a qualidade de vida e o bem-estar. Neste contexto, a velhice deve ser encarada como mais uma etapa plena da vida e não apenas viver na inquietação de ver os seus dias chegarem ao fim. O idoso com saúde, autonomia e inserido na sua comunidade, pode viver esta etapa da vida como uma experiência renovadora, positiva e compartilhada com as outras gerações.
Capitão de Fragata (S)
Fisioterapeuta
Policlínica Naval de Niterói