Enviado em: 29/10/2020
Reumatismo é um termo genérico usado na medicina para nomear as doenças do tecido conjuntivo (tecido de sustentação que agrupa ossos, músculos, ligamentos, estruturas das articulações, entre outros). Uma delas é a artrite reumatoide, que aparece principalmente nas articulações (que ficam inflamadas), mas também pode causar problemas no coração, pulmão, olhos, pele, rins e até no sangue. Dados estatísticos indicam que mais de um milhão de brasileiros sofrem com a doença. Sua causa ainda é desconhecida, mas ela ocorre duas vezes mais em mulheres do que nos homens. O início geralmente acontece após os 30 anos e a sua incidência aumenta com a idade.
Os sintomas mais comuns da artrite reumatoide são as articulações inflamadas, que ficam dolorosas, inchadas, quentes e vermelhas. Qualquer articulação do corpo pode ser afetada. Contudo, as dos dedos, mãos e punhos são as mais frequentes. É muito comum que os sintomas apareçam nos dois lados, como nas mãos direita e esquerda ou nos dois punhos. Por causa da inflamação, os pacientes reclamam não apenas de dor, mas também de rigidez matinal (uma sensação ruim de que a junta está enferrujada – mais intensa no início da manhã, ao se deixar a cama) e fadiga. Quando o problema aumenta, a estrutura da articulação é destruída, o que a deixa deformada e incapaz de fazer sua função de movimento. Nesse ponto, as atividades comuns do dia a dia e do trabalho podem ficar muito difíceis de serem realizadas, o que traz grande sofrimento para o paciente.
A artrite reumatoide pode ser tratada com medicamentos, fisioterapia e terapia ocupacional. Tudo isso contribui para que o paciente possa continuar a exercer suas atividades diárias. O condicionamento físico, incluindo exercícios supervisionados, assim como técnicas de alongamento e relaxamento, também são fundamentais para combater a doença.
Diante de uma suspeita deste quadro, é preciso fazer alguns exames. Somente um médico pode avaliar quais exames devem ser solicitados. A artrite reumatoide é uma doença crônica. Por esse motivo, o paciente irá precisar de consultas médicas regulares. É muito importante que o paciente compareça a essas consultas e não abandone o tratamento. Apenas o médico pode alterar a dose dos remédios, trocar o tratamento quando necessário ou indicar o plano de reabilitação mais adequado a cada caso.
Capitão de Mar e Guerra (Md)
Encarregado do Centro de Coordenação do Atendimento ao Idoso da Marinha
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