
Primeiras boias do REMO Observacional prontas para lançamento com os
representantes da Marinha, da Petrobras, da MessenOcean e da Holos
O Centro de Hidrografia da Marinha e a Petrobras prontificaram, em 21 de outubro, as primeiras boias a serem lançadas na região do Pré-Sal para estabelecer uma rede de coleta de dados e validar a operação de uma das boias com parte de seus componentes desenvolvidos pela indústria nacional, representando uma economia comparado com a importada que é utilizada atualmente.
Será um dos fundeios de boia meteoceanográfica mais profundos já realizado no País, a mais de dois mil metros de profundidade, incorporando diversos avanços tecnológicos na linha de fundeio especial, emprego de nova metodologia de coleta de dados com três câmeras acopladas, validação de novo sistema de aquisição de dados de ondas e lançamento de novas boias de coleta de tamanho reduzido (boias “spotter”).
As informações meteorológicas e oceanográficas são de importância para as operações navais e em todas as fases de um empreendimento no mar da indústria de petróleo. Em 2019, o Centro de Hidrografia da Marinha e a Petrobras assinaram o Termo de Cooperação Rede de Modelagem Oceanográfica (REMO) Observacional para estabelecer uma rede de coleta de dados meteoceanográficos e desenvolver uma boia com tecnologia brasileira: a Boia Meteoceanográfica Nacional (BMO-BR).
As empresas envolvidas no desenvolvimento da BMO-BR são a MessenOcean e a Holos. O lançamento ao mar será realizado pelo Navio de Pesquisa Hidroceanográfico “Vital de Oliveira”, subordinado ao Grupamento de Navios Hidroceanográficos, na primeira quinzena de novembro. Esse esforço conjunto das diversas organizações militares sob a coordenação da Diretoria de Hidrografia e Navegação resultará em redução de custos e maior disponibilidade de informações meteoceanográficas para a Marinha, além de contribuir para o desenvolvimento da indústria nacional.